quarta-feira, novembro 10, 2010

A censura a funcionar - Actualizado

O sportinguista José Diogo Quintela e o Benfiquista Ricardo Araújo Pereira deram como terminadas as suas crónicas semanais na sequência de uma guerra com o ridículo Miguel Sousa Tavares. A BOLA, jornal de referência no panorama desportivo, censurou a crónica de Quintela no último fim de semana, não publicando uma parte do texto que o humorista tinha dedicado a MST. O Glorioso fica desta forma sem uma das suas mais brilhantes vozes de defesa nos media.

Eis o texto censurado e não publicado pela "A Bola":

Talvez porque não tenham por hábito defender teses absurdas e incoerentes sobre o Apito Dourado. Por outro lado, há muita gente sobre quem costumo escrever e que foi ao programa. José Sócrates e Passos Coelho, por exemplo. Deve ser para lhes pagar o favor de terem aceite o convite.

Acha MST que hoje diremos que o convite foi um erro e que não sabemos porque o convidámos. Acha também que sabe bem porque é que não aceitou. Engana-se. Para já, não foi erro nenhum, sabemos bem porque o convidámos: para ele fazer o que faz aqui, mas na televisão, que é mais espectacular. Depois, palpita-me que ele já não sabe porque recusou: aquilo passou-se há um ano, tempo mais que suficiente para MST entretanto ter mudado a sua convicção.

Entretanto, pela segunda vez num ano, MST tenta intimidar-me por causa do que escrevo nestas crónicas. Em Janeiro pediu a Pinto da Costa para que me processasse. Desta vez, vitimiza-se e ameaça abandonar a sua crónica n’A BOLA, pretendendo que o Ricardo e eu sejamos responsabilizados pela sua saída. Depois das queixinhas, uma ameaça de amuo. Que birra se seguirá? Suster a respiração? Que outras traquinices tem MST em carteira para me sensibilizar?

Não gostava que MST deixasse de escrever aqui. Gosto de o ler. Quero que, entre outras coisas, continue a dizer que, quando Porto lhe pagou uma viagem, Calheiros estava reformado (a sério, não sei mais o que faça para desmentir isto. Trazer cá o homem? Se lhe pagar a viagem, de certeza que vem…). Por isso, deixo-lhe um pedido. Faça às nossas crónicas o mesmo que faz com as fontes que cita: não as leia. Ignore-as. Finja que não existem, não responda. É um direito que o assiste. Olhe, até vem consagrado na 5ª emenda (que faz mesmo parte da Constituição, não é como a Declaração de independência). MST pode invocá-la. Evitará auto-incriminar-se.”»

2 comentários:

  1. Finalmente vai subir um pouco o nível dessa vergonha de jornal. O RAP e DQ eram ridículos e, quando a Bola foi obrigada a escolher, escolheu o cronista que escreve sobre futebol. Os dois idiotas escreviam sobre o Miguel Sousa Tavares. Até a direcção vermelhinha da Bola se viu obrigada a proteger o MST. Nem imagino o que vinha escrito nesta crónica do Sancho Pança.

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  2. Epá mesmo a tempo para o RAP n ter que escrever sobre os 5-0 e o gordo sobre os 3-2... ah espera.. eles n iam falar disso de qualquer maneira.

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